Adaptação

No equilíbrio entre a Assimilação e Acomodação o ser humano aprende e se desenvolve.
Tudo sempre assim, desde os primeiros gestos e as primeiras palavras até sua mais recente conquista. O ser humano remodela e reorganiza o ambiente tornando-o favorável aos seus intuitos e aos poucos vai dominando qualquer mundo que anteriormente parecia intransponível.
O homem fala ao celular e fala demais, sorri para a webcam disfarçando a angústia do peito. Ele constrói pontes que nem sempre consegue (ou quer) cruzar.
O homem quer conectar espaços para assim poder lançar-se sobre eles. Uma máquina abrindo clareira na paisagem densa do outro.
O homem brinca e invade o desconhecido e não é capaz de conhecer a si próprio. Ele imagina situações, reage e sofre como se elas fossem verdadeiras.


Nem sempre o homem é verdade.
(...)




o ontem

Passei por ruas que eu não transitava desde que você veio morar em minha vida. Uma sensação estranha ao ver que as casas continuam silenciosas e vazias e que as pessoas precisam, por opção ou imposição, ocupar-se com afazeres vãos.

inesperadamente

me inspiro, me descubro, me visto e me desnudo da poesia que vem de você. estrofes abertas em sorrisos no tocante das coisas que te cercam de mim. rimas de abraços dados na cadência do dia-a-dia.

Somos versos livres prontos para fazer o poema



com o poder da tua palavra em minha pele
escreva-me poeta
...


tom

Eu gosto da sua cor assim meio cinza misturada em mim.
Sacode!

latente

é como se eu quisesse procurar algo que já sei não encontrar.
e foi a noite toda assim. incessante.

sortido

Você sabe o que é a felicidade meu bem? 
A felicidade é a menina saltitante dos olhos da gente que enxerga o colorido de coisas diferente.
E a felicidade a gente expressa como? 
Ela está misturada na confusão que se instala, dentro do pensamento que ainda não se contou. Naquele melhor abraço do mundo. Junto com os sorrisos mais espontâneos. Na ponta dos dedos que correm em vai-e-vem na pele. Em encontros desajeitados. Escondida em palavras que dizem nada e olhares que dizem tudo.
A felicidade mora onde então? 
Em qualquer canto do lado de cá e do lado de lá que une a gente.
De repente.