rewind-stop-play-fast foward-record-live!

Closing time, time for you to go out
To the places you will be from
Closing time, this room won't be open
Till your brothers or your sisters come
So gather up your jackets, move into the exits
I hope you have found a friend
Closing time, every new beginning
Comes from some other beginning's end
- Closing Time - Semisonic



By the time we come back it's going to be
two thousand and nine
I'll see you soon

let's get it started !!

Por hora (17:04h) está decretado que as férias começaram (com chuva do lado de fora da minha janela). Férias para mim tem gosto de pijama, sofá, praia, livro, música, beijo e sorvete. Férias tem sonho embrulhado, risada trocada, preguiça espalhada. É a época de usar chinelo, copiar os cremes da revista, testar receita de bolo. Para as férias a gente junta os amigos no meio-fio, na mesa da sala ou no quintal. A gente se ajunta e se entende. Férias é para atender pedido, fazer convite, fazer manha e carinho dobrado! Férias é para deixar que o mundo gire e que você esteja perto (bem perto) de quem você gosta. É nas férias que a gente dorme mais (e junto) ou que a gente dorme menos (mas, junto) e é quando a gente quer que os dias jamais terminem. Eu não sei quando eu volto..
Até.


(p.s. fiz minha cartinha para o Papai Noel. Tudo especificado, detalhe por detalhe com letra de próprio punho. Enviei como "registrado- urgente" lá para longe. Em poucos dias veremos se eu fui sorteada - ho ho ho ho).

Selo


Tudo o que eu deixei timbrado em uma das páginas da sua vida foi um beijo. Um beijo no silêncio da chuva fina que caía. Minha marca eterna no emaranhado das sensações que você acumulará linha a linha dentro de ti. Não é preciso explicar nada. Estamos aqui, temos sorte.
Basta.

Piadinha yogurt

"A felicidade nada mais é do que boa saúde e memória fraca."



não resisti à sapiência dos lactobacilos
(propício, não?!...)

Passagem do tempo

Eu acordei assim, de estalo, querendo viver o dia como se fosse o último.
Estava com medo de perceber onde estava, ainda de olhos fechados sentia o frenético movimento das idéias dentro da minha cabeça. Queriam organizar tudo o que está bagunçado dentro da minha vida. Pensei em tantas pessoas especiais, em tantos carinhos trocados, em tantas coisas mal ditas e em outras tantas não ditas.
Lembrei de vários episódios antagônicos e de outros que poderiam ter sido evitados ou inventados. Quis pedir uma meia dúzia de desculpas. Fiz uma lista com nomes e números de pessoas que gostaria de ligar para dizer um "oi como tem passado?", um "oi eu estou sentindo saudades suas", um "oi que hora mais estranha para te ligar, não acha?".
Recitei no silêncio do quarto trechos de músicas que me fazem ser gente. Pedaços de textos que nunca terminei. E um título tímido para abraçar os meus tantos pensamentos. Era tanta palavra em outras palavras. Tudo alí.
Eu sentia tudo estranho. Na gaveta do criado-mudo estava o caderno com linhas, companheiro que organiza meus lampejos no meio da noite, e um monte de frases de efeito dentro de coisas que eu venho escrevendo sem muito entender. Há entendimento na vida?
Li o trecho mais dolorido que já havia lido no edital da minha revista favorita para ver o que doía em mim. Reli meus trechos mais doloridos para ter certeza que eu existira. E eu estava ali, viva e com uma crise de espirros causada pela poeira das memórias remexidas.
Achei histórias escritas por outras pessoas, poesias leves construídas por blocos maciços de sentimento. Me vi refletida em grandes porções de outros seres humanos, dilacerada pela verdade de que somos juntos. Tudo? Verdade?
Percebi que eu tenho tanto para mudar e que dez dias me separam das férias do fim de ano. Fiz resoluções para dois mil e nove antes da hora. Senti meu coração disparar em alguns momentos.
Que futuro eu terei?
Como se quisesse escapar forcei a janela e o mundo abriu-se. Tudo existia espalhado do lado de fora e do lado de dentro. Meu coração batia no dedão do pé, nos fios de cabelo, nos olhos inchados de quem não acordou direito ainda. Senti minhã mão úmida e fria. Senti minhas pernas dormentes. Senti que precisava falar com alguém. Senti que não sabia o que ia fazer.
Sentei.
Silêncio.
Só.

Meus planos esperam coragem e sabedoria para existirem
antes que esse meu futuro seja o último.

Nada segura

Se você imaginasse, quase que por brincadeira, a imensa saudade que eu sinto de você, tenho (quase) certeza que passaria mais tempo ao meu redor.
Você ouvindo eu te contar as minhas histórias absurdas e verdadeiras, recheadas daquilo que eu mais sei fazer: sentir. Prestando atenção ao meu jeito inconfundível de olhar para o nada enquanto penso em tudo ao mesmo tempo (agora). Acostumando-se com meu silêncio de segundos eternos e com o meu tagarelar de todas as palavras, sem palavra alguma.
Se você soubesse que eu gostaria de saber mais sobre o tempo em que não está com os pés no chão, talvez você ficasse mais à vontade para dizer que a saudade é coisa simples de resolver.
Gosto de ouvir sua voz, de cantarolar a música que me deu de presente.
Eu queria contar-te que há muito (muito!) mais de mim em cada sorriso meu e que em cada tentativa da gente se aproximar pelos caminhos mais longos eu (já!) me questionei sobre a (des)vantagem de ser diferente (prudente?).
Há tanta vontade dentro de cada espera libriana pela (in)decisão do outro. Não há tanto medo em mim, nem tanta distância em você. Quando a gente se encostar nada mais segura.
Há vários dias eu sinto você aqui...


Criador e Criatura

O Criador é apaixonado por tudo. Ele movimenta-se entre a música, a religião, a amizade, o trabalho, a vida, a morte e qualquer outra coisa que você possa imaginar.
É curioso, ansioso, lúcido, exigente e perspicaz. Mestre em confundir e camuflar-se por entre a fria e dialética razão e a incandecente movimentação de seus sentimentos e vontades.
Governa suas decisões, tem suas próprias leis. Guia-se pela coragem, pela integridade e pelo enorme coração que doa aos outros.
Toca, envolve e esconde dentro de olhos penetrantes o que realmente é. Muito mais do que inteligente o Criador é incapaz de viver muito tempo na calma e sai em busca daquilo que o surpreende: a instigante e moldável Criatura.
Nem que seja para ficar em silêncio ao seu lado...

quem não quer?

E é assim que a felicidade contagia.
No entardecer de uma segunda-feira comum, sem aviso prévio.
Chega serena, querendo acalmar uma voz que desritmava tentando parecer normal - estava quase sem palavras.
Avança teimosa porque sabe que vai conseguir esparramar-se e unir sentimentos verdadeiros - mesmo aqueles que não foram ditos.


Eu sabia que era impossível esquecer-te
só não sabia que era também impossível esquecer-me
keep the faith!